Imagem criada por IA
Estamos vivendo um período disruptivo acelerado. A Inteligência Artificial está se desenvolvendo em uma velocidade vertiginosa e, ao mesmo tempo, temos a necessidade de regulamentá-la de forma igualmente ágil e diligente.
É a história se repetindo, assim como aconteceu na era da Internet, a inovação precede a regulação.
Hoje, implementar Inteligência Artificial pode ser ariscado, em vista dos riscos de vieses algorítmicos, segurança de dados, responsabilidade por decisões autônomas, dentre outros. Mas, o custo da INAÇÃO pode ser ainda mais perigoso, pois quem se prepara agora, lidera amanhã.
Mas, como se adequar enquanto a regulamentação está na fase embrionária?
Entendo que a palavra-chave é PROATIVIDADE, visando se antecipar aos riscos, aproveitar oportunidades e alavancar a competitividade.
Aqui estão cinco pontos que, na minha avaliação, são ações fundamentais a serem consideradas:
- Desenvolver estrutura de Governança de IA: criar comitês, políticas e procedimentos internos para implantar e gerenciar o ciclo de vida da IA avaliando o impacto e mitigação de vieses.
- Atuar nas três dimensões da cultura organizacional – ideológica, psicossocial e material – a fim de fortalecer a colaboração interdepartamental, a integração entre as áreas de Tecnologia, Negócios, Jurídico, Riscos, Compliance, Auditoria, entre outras, e, um olhar atento para os resultados.
- Inventariar os Sistemas de IA e classificar os riscos em: Excessivo (vedado/proibido), Alto e Baixo.
- Direcionar recursos para Explicabilidade (XAI): devemos ter uma atenção preciosa para este ponto. Desenvolver tecnologias que permitam interpretar e explicar as decisões dos sistemas complexos de IA documentando o passo a passo de forma a ser factível para futuras auditorias.
- Por último e não menos importante: Engajar-se com os Reguladores. Participar ativamente de reuniões, discussões e consultas públicas. Isto trará transparência em relação às preocupações dos riscos regulatórios e pode ser base para uma regulamentação equilibrada para o setor.
Penso que as regulamentações que despontam no horizonte, trarão mudanças de paradigma, movendo a discussão sobre IA do campo puramente tecnológico para o centro da governança corporativa e que cada integrante da organização deverá conhecer não só as exigências legais, mas também a complexidade técnica da IA.
Até o próximo episódio.
A título informativo, o Banco Central colocou em pauta como tema prioritário na agenda regulatória, para o biênio 2025-2026, o estudo dos riscos e impactos do uso de IA pelas instituições financeiras.
Fontes. “Porque transparência importa”.
Banco Central: Regulação do sistema financeiro
Tema: Inovação.
Ação: Inteligência Artificial.
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